Força policial brasileira tenta agora localizar parlamentar para formalizar pedido de extradição à Itália.
A Polícia Federal, com apoio da Interpol e das autoridades italianas, organizou uma operação para prender a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no aeroporto de Roma, na quinta-feira (5). O plano, porém, não foi executado porque a parlamentar desembarcou na Itália antes de ter seu nome incluído na lista vermelha da Interpol.
Zambelli chegou ao aeroporto às 11h (horário local), quando ainda não figurava como foragida internacional. A inclusão na lista da Interpol ocorreu às 12h45. Após esse horário, seu nome passou a constar como alerta para as polícias de todo o mundo, permitindo a detenção em outros países, conforme suas legislações.
Sem a formalização da condição de foragida internacional no momento do desembarque, a PF e as autoridades italianas não puderam efetuar a prisão. Fontes relataram à CNN que, diante do desencontro de horários, o plano foi desfeito.
A deputada é considerada foragida da Justiça brasileira desde quarta-feira (4), quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou sua prisão. Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Com a inclusão do nome da parlamentar na lista da Interpol, a investigação agora se concentra na localização precisa de Zambelli na Itália, com troca de informações entre as polícias dos dois países e o apoio da Interpol.
A definição do paradeiro da deputada é considerada essencial para que o governo brasileiro formalize um pedido de extradição às autoridades italianas. O processo, porém, enfrenta um obstáculo inicial: a falta de um endereço confirmado de Zambelli em território italiano.
Fonte: Bahia.ba